Votar ou não, eis a questão.

Eu evitei o quanto eu pude falar sobre esse assunto, sobre esse 2º turno das Eleições Presidenciais, mas, às vésperas da irônica ‘festa da democracia’ eu me pego na dúvida se vale a pena mesmo conceder meu voto obrigatório a um dos candidatos.

A campanha dos dois foi ridícula. Ficaram esse tempo todo enchendo nossa casa de conversa fiada e ataques ao outro, sem um mínino de pudor ou de ética. Foi o festival da baixaria alheia, quem descobrisse mais podres do outro tinha mais chances de conquistar o povo. E o outro se faria de vítima até o próximo ataque na mesma intenção.
E nos debates então... A pupila do Lula que tanto bate no peito pra dizer que fez e fez e vai continuar fazendo, mostrou uma imagem desequilibrada, titubeante, ríspida, contrária a qualquer crítica. Já o ex-um monte de cargos, mostrou-se mestre da encheção de lingüiça, e olha que adoro aquela oratória calma e ritmada que ele tem. Ontem vi uma única pergunta completa no debate da Globo e preferi assistir A Fazenda, pois ele falou tudo, menos o que a cidadã perguntou.
E aí eu penso: Acham mesmo que o povo é burro?
O Palhaço foi eleito em protesto a esse mar de colarinhos brancos que banha Brasília. Infelizmente o ficha limpa ainda não limpa direito e passado de político por essas terras é semelhante à cozinha de restaurante – melhor nem conhecer.
O Brasil, esse País tropical, dono de tantas raças e riquezas. Abençoado por Deus e bonito por Natureza. Pentacampeão do futebol, que pariu Pelé, Airton Senna, Betinho, Cazuza e Renato, Cássia Eller e Caetano, Renato Aragão, Felipe Massa. Xuxas, Ivetes, Claúdias, Fernandas, Marias... Merece mesmo um presidente assim?
Quisera eu, que ao entrar na cabine, a urna me apresentasse um botão com letras garrafais: “NENHUMA DAS ALTERNATIVAS ANTERIORES”. E eu confirmaria meu voto satisfeita.
Enquanto tal real democracia não chega, vou anular meu voto.


Sinto, mas não quero participar disso.




E que Deus nos livre de todo mal, amém.