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quinta-feira, julho 29

Um pouco de indignação:

Li isso, hoje pela manhã no Blog do Sandro Dálio e no Eu no Site:

"Eram aproximadamente 20:00 horas da noite desta segunda feira, 26 de julho de 2010!
Simone Cristina Barbosa e seu filho, residentes na Rua Nicolau Grandini, estavam chegando na casa de sua amiga Nathália Fernanda Madóglio!
Ela foi rendida por dois homens armados na entrada da casa!
Os dois, mãe e filho, foram levados para dentro da casa sob ameaças das armas de fogo!
Segundo informações, o menino apanhou muito dos bandidos, com socos e pontapés!
Os marginais exigiam 10 mil reais...queriam porque queriam! E ameaçavam todos da casa!
Após um período dentro da casa, ameaçando e colocando pânico em todos, eles exigiram a chave do veículo da Simone, um FOX.Levaram o que tinha dentro do carro: uma bolsa, documentos dela, um celular e uma calça!"


Tudo isso numa calma segunda feira de uma cidade do interior com 39 mil habitantes!
Falando do roubo, nem é mais surpresa por aqui, diante da onda desse tipo de crime que vem banhando a cidade.
O que espanta, e gera minha extrema indignação de cidadã e mãe, é o fato dos bandidos espancarem a criança de 3 anos, que tomou socos e pontapés de graça certamente por não obedecer as ordens dos bandidos, visto que tem problemas de audição e não os ouvia.
Em que mundo estamos Meu Deus?
Uma criança de 3 anos sem deficiências hesitaria em obedecer tais ordens por não compreende-lás, o que dizer de um garotinho assustado que além de não compreender não ouve?
Ele merecia tal agressão?E a troco de que?Uma bolsa, documentos, um celular e uma calça?
Claro que colocamos a culpa nos bandidos que o agrediram, mas a culpa não está só aí, afinal, de tais meliantes - provavelmente movidos por um dos piores vícios contemporâneos, olhando para os objetos do roubo - não podemos esperar quase nada, quanto menos piedade. A culpa se estende.
Se estende à um governo federal estático nos assuntos mais importantes,à um governo estadual que se preocupa mais com os poderes privados do que com o povo, à um governo municipal-tartaruga que é perito em criar diretorias e quase nulo em investir em segurança e educação.
E, como nem pode deixar de ser, nossa culpa. Culpa dos 39 mil habitantes dessa cidadezinha que ainda não aprenderam a cobrar daqueles que ocupam cargos legislativos, executivos e judiciários o que deveria ser obrigação, e sempre acaba sendo supérfluo.
Cobramos das polícias civil e militar atitudes, mas com o apoio e preparação falho que têm, dá até pra compreender a demora nas resoluções.
E quanto a guarda municipal, prefiro nem abrir comentários...
Em qualquer bairro, a qualquer hora do dia que olharmos em volta, podemos ver adultos, jovens e (infelizmente) até crianças entregues ao vício das drogas, ao tráfico e a vagabundagem. Falta de educação melhor, de maiores oportunidades de capacitação profissional, de maiores investimentos em primeiro emprego, de maior exploração da cultura.
E essa falha não é exclusiva de São Manuel, tão pouco fica restrita ao interior do estado. Na capital é bem pior. A falha vem de outros tempos, de outros governos, de outros sistemas.
Me assusta parecer tão contagioso!

Eu sempre fui avessa a falar de política, mas depois de uma certa vivência a gente entende o quanto ela é importante na construção de um mundo melhor.
Sou jovem sim, mas pago tantos impostos quanto qualquer idoso, e me reservo o direito de expressar nessas palavras minha preocupação e gigante indignação diante da rotina de São Manuel, e obvio, desse país tropical.

Externo também, minha solidariedade e minhas orações de mãe à Simone e ao pequeno garoto, só um ano mais novo que minha filha, e aos outros presentes na residência na ocasião do assalto. Partilho desse sofrimento por imaginar o quão desesperador é tal situação para uma mãe. Sei que todos os pontapés e socos desferidos no garoto doeram muito mais em sua mãe do que nele.


E cada um faça sua parte!


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Ps: Esse post não merece ilustrações.

2 comentários:

Sandro Dálio disse...

Pri, e o que dizer da corrupção que assola os mais altos patamares? Juizes, promotores, dese mbargadores, deputados, senadores, pastores e padres!
Não generalizo, nem posso fazer isso.
Mas o medo toma conta de todos nós porque não temos mais em quem confiar.
Trairam nossa fé, nossa confiança, nosso trabalho.
Se não respeitam a Deus que o universo criou, como irão respeitar uma criança? Um idoso? Uma família?
Estamos todos nos afogando num mar de ignorância. Nos sentimos inúteis, desarmados, entregues ao bagres ensaboados de nossa política brasileira varonil...
Que pena!
Tudo tão bem feito, de bandeja pra nós e nós insistimos em destruir.
Me solidarizo com sua revolta. Mas aproveito e oro, peço perdão a Deus, por ser tão pequeno e nada poder fazer...
Resta-nos a esperança. Resta-nos a caridade. E resta-nos nós mesmos, como formas de tentarmos salvar o pouco que ainda resta.
Fique com Deus.
Sandro Dálio

Erica disse...

Vc e o Sandro Dalho formam uma bela dupla de blogueiros! Estou acompanhando o trabalho de vcs! Parabenssssssssss