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terça-feira, abril 27

SP!




Semana passada estive na metrópole.
Fui pra São Paulo à trabalho, no feriado de 21 pela primeira vez. Na terra da garoa fazia um sol de 200º que tingia o céu de um azul tão azul que nem meus óculos escuros conseguiram ofuscar.
Não tinha trânsito na Marginal, não tinha trânsito na Dutra, e ainda assim a quantidade de carros que passava era imensamente maior as que estou acostumada a ver.
Eu vi dois presídios tão próximos, vizinhos, e entendi porque é possível controlar o crime de dentro deles via pombos-correio.
Eu vi o Sambódromo do Anhembi e me imaginei naquelas arquibancadas no carnaval do ano que vem, hospedada naquele hotel com a fachada de espelhos ao lado, olhando pro imenso out door da Juliana Paes seminua bem no centro de tudo.
Também vi que motel nas ruas daquela cidade é tão comum quanto boteco nas ruas do interior.
Tinha shopping em todos os lados que eu consegui olhar. Uma briga intensa de lindas fachadas, estruturas gigantes e estacionamentos maiores ainda. Fui em dois deles, e em nenhum consegui completar o tour.
Almocei uma comida deliciosa, vi vitrines de livrarias imensas e coloridas, quase me perdi dentro da Riachuelo, fiquei vidrada na da Carmem Steffens, cruzei um parque de diversões inimaginável e findei meu dia de passeio tomando um chopp gelado e delicioso que nem sei como se acomodava num enorme tonel de gelo.
Tudo é diferente por lá.
Tem favela em todos os cantos da cidade, tem rua de terra no meio da cidade asfaltada – pq o asfalto foi levado com a última chuva – tem barulho de avião atrapalhando a conversa, tem um cheiro incomodo de um tal rio Tietê poluído e uma névoa marrom que sobe quando anoitece e tapa todas as estrelas do céu.
Morri de calor dentro do meu camisete preto, meus pés incharam e apertaram dentro do sapato, dormi antes de pagar o primeiro pedágio – que por sinal são muitos – mas adorei a ‘viagem’.
Conheci um pessoal que fala ‘meu’ o tempo todo mas que não vê diferença nas pessoas e nem julga pela roupa que usam e que acolhe de peito aberto quem alí chega.
Vi que ponto de ônibus lotado não existe na minha cidade e que se gasta em média 40 minutos pra entrar e encontrar uma vaga no estacionamento de um shopping as seis da tarde.
Conheci uma mulher bonita e inteligente, que entende mais de logística e de transportes do que todas as que eu conheci na vida e que me fez salivar de vontade de voltar pra faculdade...
Vi o quanto é privilegiado o pessoal do interior, que anda de bicicleta na rua, vai trabalhar a pé , que ainda senta na calçada de um bar e toma cerveja olhando as estrelas, e entendi que o melhor lugar do mundo é realmente a minha casa.
Mas de todas as coisas que vi, conheci e ouvi na Capital, a melhor delas foi passar pela Ponte Ensaiada...
Acho que era a única coisa que eu realmente queria ver lá em SP.
Dá uma sensação de poder ver aquela ponte suspensa entre o chão e o céu!
Debaixo da ponte ensaiada, sei lá porque, eu senti que eu não estou a passeio no mundo.
Eu senti uma cosquinha gostosa no peito, como se aquelas toneladas de ferro me dissessem: ‘Tá vendo, eu posso voar...”
E se ela pode eu posso também!
Não quero passear pela vida, almejando e vivendo coisas que não quero que façam parte dela.
Quero cuidar do meu jardim e chamar todas as borboletas pra perto.
Eu quero abrir um livro de oportunidades, aproveitar todas as que forem possíveis e aprender tudo que a vida puder me ensinar.
Eu quero bater asas na direção dos meus sonhos. Eu quero realizar todos os meus desejos.
Debaixo da ponte ensaiada eu senti que quanto mais me envolve nesse universo de boleias, rotas e prazos, mais certeza eu tenho de estar fazendo a escolha certa.
E as luzes da ponte que eu adoraria ver, não vi porque estavam acessas aqui dentro de mim.
Eu quero ser alguém maior.
Eu quero aprender a logística da vida.





"...há de valer a pena!"

3 comentários:

cabaninhaa! disse...

Shooooow Pri!!!
vc escrevee comoo ninguemm!
adoroo teu blog!

* _ Pri CastRo _ * disse...

Cabaninhaaaaa!!!

Que bom saber que vc gosta do meu blog!
Te devo aquele texto né...mas ele ainda nasce, pode deixar!

VIVO de saudade de vc e dakele povo!

Amanhã tem mais texto...

Vivian Freitas disse...

Priii...tava realmente inspirada heim...
adorei esse tb

como todos os outros ...rsrs

bjoo